Escola – Família: dois universos, um só caminho…

Nos dias de hoje, e dada a participação cada vez mais ativa dos pais no mercado de trabalho e a falta de disponibilidade de outros cuidadores, leva a que, desde cedo, a criança passe largas horas fora do seu contexto familiar, numa creche ou jardim de infância.

A entrada de um filho para a creche, marca a transição entre o universo familiar e um universo social mais alargado. Neste sentido, a ação da família, no que se refere aos cuidados básicos a prestar à criança e na sua função educativa, é necessariamente complementada pela intervenção dos profissionais de educação, pois são eles que interagem quotidianamente com a criança.

Assim, tem vindo a ser mais acentuada a necessidade da família e da creche/jardim de infância estabelecerem relações positivas e, de se complementarem e comprometerem, na construção de uma ação educativa coerente e participada. Este é um direito de cidadania das famílias, a participação num ambiente de cooperação e aprendizagem, onde cada família é uma peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem, onde todos aprendem uns com os outros, assumindo a potencialidade conflitual para evoluir no sentido de um espaço de compreensão recíproca de diálogo e de escuta.

Conhecer a criança e também a família

Conhecer a criança, mas também a família, são desafios que se colocam à equipa educativa. Estes, são fundamentais para a promoção de um ambiente de respeito, livre expressão e de desenvolvimento harmonioso da criança. O seu desenvolvimento depende das relações que estabelece com o adulto, com o meio que a envolve, com a família, com a escola onde está inserida, com as outras crianças e com a comunidade.

Embora a escola contribua para a educação da criança, não nos podemos esquecer que, os principais responsáveis pela mesma são os pais/família, assim à escola cabe a função de complementar essa educação, sem se sobrepor.

Porque acreditamos na importância da relação escola-família e a sua participação no dia-a-dia, motivamos a partilha entre estes dois contextos, que em sala dão lugar a momentos privilegiados de brincadeira cooperada, aprendizagem e socialização. Fomentar partilhas tão simples e variadas como as crianças levarem para a sala as suas novidades (ex. onde foi, com quem esteve, etc.), o seu livro ou jogo preferido, a canção que aprendeu com a avó, faz com que torne o que é “seu” do “grupo”, sentindo-se valorizada perante o mesmo.

A escola e a família precisam de andar de mãos dadas, para que a criança trilhe um caminho de sucesso!

 A equipa da creche do CRZ